O HOMEM:
Epicuro nasceu na Grécia em 341 a.C. e viveu por 70 anos. Teve sua própria escola, onde reunia seus seguidores em um jardim, em Atenas, razão porque a escola ficou conhecida como Jardim. Epicuro recebia no Jardim mais do que os interessados em conhecimento e filosofia. Ele era conhecido como “Salvador”, porque buscava ajudar pessoas com doenças no corpo e no espírito.
AS CIRCUNSTÂNCIAS:
Epicuro não teve o mesmo prestígio dos estóicos e de Platão, mas o Epicurismo ocupou importante espaço entre os atenienses na sua época e na história da filosofia de um modo geral.
A IDEIA:
A palavra prazer tem importância fundamental na filosofia de Epicuro e na sua interpretação. Ele jamais defendeu o prazer em excesso, ou o prazer desregrado. Para Epicuro, a felicidade se alcançava pela experiência do prazer e pela satisfação dos desejos naturais do ser humano. Sem dor no corpo e sem inquietação na alma, o homem alcança a serenidade e a felicidade.
O TEXTO:
“…Que nem o jovem se demore a filosofar, nem o velho de filosofar se canse. Não somos nem muito jovens nem muito velhos para cuidar da saúde da alma. Quem diz que a idade para filosofar ainda não chegou, ou já passou, é semelhante a quem diz que a idade para a felicidade ainda não chegou, ou já passou. De modo que devem filosofar tanto o jovem quanto o velho: este para que envelhecendo se mantenha jovem pelas boas lembranças do passado, aquele para que seja ao mesmo tempo jovem e maduro pela coragem de enfrentar o futuro.
…É preciso meditar sobre as coisas que podem nos trazer a felicidade, porque, na verdade, tendo-a, temos tudo, se não a temos, tudo fazemos para possuí-la. As coisas que sempre aconselhei a ti coloque-as em prática e medite sobre elas, considerando-as como os princípios fundamentais necessários para uma vida feliz.
…Devemos nos lembrar, ainda, que o futuro não é nosso nem inteiramente não nosso: não devemos aguardá-lo como se seguramente devesse chegar, e não devemos nos desesperar como se seguramente não pudesse acontecer.
…É por isso que nós dizemos que o prazer é o princípio e o fim último da vida feliz. Nós sabemos que ele é o nosso bem primeiro e congênito; dele partimos em qualquer ação de escolha e de rejeição, e a ele nos reportamos ao julgarmos todo bem com base nas afeições assumidas como norma.
…Portanto, quando dizemos que o prazer é o bem completo e perfeito, não nos referimos aos prazeres dos dissolutos ou dos crápulas, como acreditam alguns que não conhecem, ou não partilham, ou mal interpretam a nossa doutrina, mas sim a não ter dor no corpo nem inquietação na alma…