Tudo começou assim. Primeiramente, em 1953, forças ocultas fizeram de tudo para afirmar que no Brasil não existia petróleo.
Depois de muita luta de patriotas brasileiros e brasileiras foi instituída nossa empresa nacional, a Petrobrás. Mas as forças ocultas, que jamais descansam, a partir da década de 1990, por meio de porta-vozes influentes do governo de então, buscaram sabotar a Petrobrás, tentando privatizá-la, querendo rebatizá-la com o nome de Petrobrax, combatendo abertamente a legislação do Pré-sal.
Hoje, numa campanha difamatória, utilizando-se das investigações da Lava-Jato, buscam imobilizar a Petrobrás, depreciando a empresa, para facilitar sua captura por interesses privados, nacionais e estrangeiros, ao fragilizar o setor brasileiro de Óleo e Gás, juntamente com a política de conteúdo local, diga-se de passagem, política esta utilizada por todas as nações que objetivaram ocupar um lugar de liderança na cena mundial. Coube, como sempre, à mídia global vender à população brasileira uma imagem da Petrobrás como uma empresa arruinada e ineficiente.
Vamos aos números de 2014, na época do governo Dilma Rousseff. A produção de petróleo e gás alcançou a marca histórica de 2,670 milhões de barris equivalentes/dia; o Pré-sal produziu em média 666 mil barris de petróleo/dia; a produção de gás natural alcançou 84,5 milhões de metros cúbicos/dia; a capacidade de processamento de óleo aumentou em 500 mil barris/dia, com a operação de quatro novas unidades; a produção de etanol pela Petrobrás Biocombustíveis cresceu 17%, para 1,3 bilhão de litros. E para concluir, em setembro de 2014 a Petrobrás tornou-se a maior produtora mundial de petróleo entre as empresas de capital aberto. Superando quem? A Exxon Mobil, mais conhecida no Brasil como Esso.
E o que aconteceu no ano de 2000, que a mídia global omite, criando um grande problema para empresa que possivelmente está na raiz da vulnerabilidade dela? O governo do PSDB colocou à venda na Bolsa de Nova Iorque, a preço irrisório, 108 milhões de ações da estatal. Qual a consequência deste ato de lesa-pátria? Aquela operação silenciosa e silenciada reduziu de 62% para 32% a participação da União no capital social da Petrobrás e submeteu a empresa a interesses de investidores estrangeiros, sem compromissos com os objetivos estratégicos nacionais.
Mas vieram os 12 anos de governos do PT. O que mudou?
Um processo intenso de recuperação e fortalecimento da empresa. Primeiro com a descoberta e a exploração do Pré-sal. Depois com a recuperação para 49% o controle público sobre o capital social da Petrobrás. O valor de mercado na época de FHC era 15 bilhões de dólares. Repetindo, na era FHC o valor de mercado representava 15 bilhões de dólares. Em 2014, apesar de todos os ataques especulativos, o valor de mercado era de 110 bilhões de dólares. Se em 2000, na época de FHC, a participação no PIB do setor de Óleo e Gás era de apenas 2%, em 2014 era 13%. Sem contar com a indústria naval brasileira, sucateada nos governos peessedebistas, a partir da reconstrução produzida pelo PT, empregava em 2014 cerca de 80 mil trabalhadores, com o setor de Óleo e Gás contando com mais de 1 milhão de pessoas naquele momento.
Eis um pequeno relato para tentarmos exercitar nosso entendimento acerca do que está por trás do Golpe e do interesse de ridicularizar publicamente uma empresa estratégica brasileira no campo energético. Se hoje o tempo presente nacional caracteriza-se pela hipocrisia de adotarem-se dois pesos e duas medidas para fatos semelhantes; se o jurídico apresenta-se muito mais como causa de insegurança do que de garantia do Direito; se o político perdeu de vez a noção da responsabilidade da representação preferindo amplos acordos para consolidar a sua condição de poder corrupto; vamos aguardar o desenrolar dos fatos para ver até que ponto uma nação se submeterá aos caprichos de uma “elite”(sic!) sem um mínimo de pudor. De qualquer forma, fica o registro: o Atlético Paranaense e o Coritiba disseram não. Esta é a primeira liberdade: a de negar a realidade imposta para poder imaginar, gritar e conquistar a realidade justa. Oxalá outros nãos despontem no horizonte, reconduzindo-nos à construção interrompida, ao nosso longo amanhecer. De não e não se conquista a liberdade.