O governo não tem nada em que se meter na economia brasileira. Tudo deve ser deixado ao critério do mercado, ou seja, à lei natural que tudo rege e tudo equilibra, que é a lei da oferta e da procura. Isto se sabe desde Adam Smith há mais de duzentos anos. A economia brasileira já está madura e o mundo inteiro espera que ela se torne mais aberta e mais liberal.
O que cabe ao governo fazer são as reformas fiscal, previdenciária e trabalhista. Essas precisam ser feitas imediatamente, aproveitando o momento favorável de um congresso sensível às necessidades e desejos dos investdiores e empreendedores, os verdadeiros geradores de riqueza, impostos e postos de trabalho.
Também pode o governo completar a abertura do mercado de óleo e gás, que a Petrobrás não foi capaz de explorar adequadamente. A vez agora deve ser das empresas privadas, aquelas que não se submetem ao nepotismo, à corrupção e a ineficiência. Que o governo também rapidamente no Congresso o fim do sistema de partilha e das exigências de que os equipamentos sejam produzidos no Brasil (a tal regra bolivariana do conteúdo nacional).
É o espírito animal do empresário privado, não importa se nacional ou estrangeiro, pois, com a globalização, o dinheiro há muito deixou de ter pátria, repito, é o espírito animal que deve dirigir os investimentos e os interesses gerais, isto se sabe desde Keynes.
Que venham, após as reformas, as iniciativas de privatização e concessões públicas, nas três esferas (municipal, estadual e federal). Isso é bom para o país, sabe-se desde os anos Collor e FHC, de abertura e estabilização da economia.
O governo de Michel Temer está no caminho certo, este é o caminho das pedras, sua legitimidade se consolida, age com vistas ao futuro, e é natural que todos estejamos otimistas, basta ver a reação da bolsa e da taxa de câmbio e o prestígio da equipe econômica nos mercados internacionais.