O caminho é o setor real da economia, por Haroldo Araújo

Nossa previsão é que os agentes econômicos como também a imprensa, investidores e empresários estarão atentos às estatísticas a serem divulgadas não só pelo governo, a exemplo da queda da inflação e dos juros e que vão turbinar os negócios mas as atenções se voltarão para outros dados que logo começarão a ser divulgados no início deste ano de 2017, a exemplo dos demonstrativos financeiros das empresas no ano de 2016. Verificaremos que os resultados a serem divulgados em Balanços Patrimoniais e demais relatórios não se mostrarão tão ruins como se propalou durante o ano recém findo.

Os Balanços das empresas mostrarão com clareza de dados onde foram suas escolhas e destino do dinheiro nos negócios realizados. Mostrarão por exemplo as origens e aplicações de recursos, pagamento de impostos e a empregados. Ficará bem definido o crescimento ou redução (caso a caso) e como foram as vendas e seu endividamento. Os resultados são mostrados com detalhes e sobretudo ficará revelado também se o empresário foi alavancado e por onde! Se recebeu recursos externos ou se de governo.

Desse modo esperamos que os recursos disponíveis em poder das empresas, agora se direcionem para o “Setor Real” da economia, porque muitos se abrigam nas aplicações financeiras por cautela que não encontra mais nenhum amparo em razões políticas. Logo que saírem os resultados de 2016 os aplicadores ( do momento) voltarão a empreender com a mesma coragem e disposição para correr riscos, agora com boa margem de segurança que novos ventos são registrados internamente na nossa economia. A Saída da cômoda aplicação financeira será compensadora em face dos novos cenários e porque esses esforços serão melhor recompensados financeiramente falando.

Resolver se acomodar e permanecer numa zona de conforto em que os baixos retornos do capital no setor financeiro não deixam nenhuma sensação do dever cumprido, como é característica do empresário a disposição para riscos, além de não serem essas aplicações financeiras ( totalmente ) isentas de riscos. Assim por exemplo um empresário não alavancado pode trabalhar com mais elevada margem de segurança do que outros no limite de suas convicções e isso é uma certeza porque esta é a única forma de escapar da mesmice e entediada espera de dias melhores de aplicadores financeiros. Essa forma é apenas uma alternativa momentânea para o empresariado, sazonal mesmo!

Despertar esse espírito empreendedor e disposição para enfrentamento dos desafios é imprescindível ao povo brasileiro que no momento fica na espera por dias melhores como foi no passado (2015/2016) e é essa a razão que nos trouxe tanto crescimento nas últimas décadas, fato que se atribui aos brasileiros. O espírito empreendedor do nosso povo. Não existe escolha mais desafiadora para os nossos investidores do que explorar esse já adormecido espírito que aliado ao feeling de cada um garantirão um futuro com mais empregos para todas as demais classes.

Um empresário faz o seu destino! Ele deve buscar uma harmonia com a vontade do governo, no sentido da retomada do crescimento e para que possam juntos e num constante diálogo através das entidades de classe melhor direcionar suas potencialidades e capacidade técnica para a atividade produtiva, direcionamento de suas potencialidades econômico-financeiras para a produção. A pior escolha é deixar recursos financeiros dormitarem em cômodas aplicações sem risco, mas certamente de baixo retorno, próprias para abrigar esperas de oportunidades!

As oportunidades já se mostram! Para vencer e alcançar o estágio que já alcançamos foi preciso coragem e apostar na geração de oportunidades de negócios e sobretudo que esse chamado espírito empreendedor para os desafios se apresentem a partir de ações volitivas e não de ações governamentais. Porque as oportunidades não nascem em decorrência tão somente de políticas de governos.

Os governos cumprem sim tão somente sua missão de criar as condições para um melhor ambiente de negócios. Somente os melhores empresários e mais dispostos a enfrentar riscos sairão na frente através de investimentos que serão a alavanca para ampliar a também a sua participação percentual no PIB em comparação ao outro componente o consumo.

Isso é o que esperamos em 2017: “Mais investimentos no setor REAL da economia e que se mostrarão presentes na composição do cálculo do PIB do que em 2016, o caminho das pedras está no investimento produtivo. O setor Real da Economia, mas fica a advertência de que o governo apenas cria as condições.

Haroldo Araujo

Funcionário público aposentado.

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