O Brasil está melhor com Michel Temer, por Haroldo Araújo

Nem mesmo os juros altos conseguiam atrair capitais em níveis desejados para suprir nossas deficiências de recursos para financiar a retomada do crescimento e as dificuldades eram tantas no governo anterior que o noticiário econômico chegou a sinalizar que as reservas cambiais poderiam ser usadas. Vejam agora a diferença: A nossa petrolífera teve quase 90% de valorização em suas ações cotadas em bolsa. Agora imagine que até a Eletrobrás registrou alta de 137% nos últimos meses.

Segundo dados da Revista Exame Edição 1120 de 31.08 pg. 34 : “Na média as ações de empresas brasileiras e cotadas na BOVESPA exibem para o mundo uma valorização de 36%”. Segundo Patrícia Valle da editoria da revista, nós registramos no momento atual o melhor desempenho no mercado de ações no mundo. Paradoxalmente as pesquisas apontavam que Temer foi considerado ruim ou péssimo para 40% do povo (Foi!). O que não consigo entender é por quê? Mas tentaremos entender!

Imaginemos a importância da repercussão até nos organismos internacionais acerca de um questionamento do processo democrático e ainda assacar rótulos [ainda bem que não colaram] contra o primeiro mandatário brasileiro legalmente no comando da nação. Foram buscar interferência da OEA e formalizaram denúncia e até pediram intervenção internacional no Brasil com base em avaliações puramente emocionais.

Um Presidente que não se pronunciou até aqui senão para renegociar a dívida dos estados e anunciar reformas ainda não formalmente encaminhadas ao Congresso. A da Previdência será entregue antes das eleições. Um mandatário que sabemos , foi legitimamente eleito para ser o substituto do cargo de Presidente da República em caso de impedimento como já se consumou e ser tachado de usurpador. O que se obtém com isso? No mínimo questionam a nossa segurança jurídica!

Muito bem! Apesar dos pesares a chamada desordem fiscal está com os dias contados. O Presidente Michel Temer já deixou evidenciada a sua “não disposição” de se candidatar e não trabalhar para a sua continuidade no governo, mas faz questão sim de deixar sua marca de gestão como o PRESIDENTE da Retomada do Crescimento”.

É paradoxal que tenhamos que ser austeros e ao mesmo tempo oferecer recursos para que as obras abandonadas sejam retomadas e tenhamos condições de oferecer boa infraestrutura para escoamento da produção, a exemplo da ferrovia que vai do Porto do PECÉM ao Porto de SUAPE. Não é fácil!!!

Em que reside basicamente essa diferença entre os dois governos? Reside na certeza de que agora caminhamos para a redução dos juros de forma equilibrada e trazer com isso a retomada do PIB de forma sustentável. Esses números podem fazer com que os agentes econômicos tenham confiança na disposição governamental de cumprir as metas estabelecidas, inclusive na contenção de gastos.

A confiança em uma política fiscal responsável dará força para a respectiva política cambial, monetária e creditícia equivalente. É preciso haver harmonia na gestão! É preciso haver coerência nos rumos. Exemplifico com o caso em que Dilma no seu segundo mandato foi advertida de que a saída de Joaquim Levy seria também o fim de seu potencial sucesso na condução do processo de busca da estabilidade perdida. Dilma Tirou o Levy e colocou Barbosa no Ministério da Fazenda. Os dois ministros adotam políticas antagônicas. Faltou definição de

rumos dos ministros? Não! Eles são o que pensam. Onde faltou definição dos rumos? Da Presidente sim.

Porque acredito que Michel granjeou essa confiança ainda no começo do mandato? Porque deixou claro que não aceitará maquiagens, pedalinhos e nem outros desencontros populistas na política brasileira. Pés no chão, por exemplo: Se estávamos com um déficit de mais de cem bilhões ou não, pois que tenhamos a coragem de assumir e publicamente…Entenderam?

O ministro Henrique Meirelles se posiciona de forma que haja imparcialidade ideológica se voltando para os interesses da nação, assim como um magistrado. É preciso haver transparência para poder formar cenários na Economia.

Chama-se de transparência ao que prevê o art. 37 da Constituição Federal e o dispositivo deixa bem claro o que tem que ser observado e percebido por todos: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União. Dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”. Como pretendemos mostrar há uma diferença entre a assertividade na gestão pública e o populismo. A Diferença é basicamente o cumprimento do conjunto de Normas Legais e às determinações da Lei 4.320/64, da Lei Complementar número 101/2000, de nossa Carta Magna e a estrita observância de princípios, estes últimos inarredáveis do Serviço Público! Dr. Roberto Piscitell autor de publicações de Finanças Públicas: “No setor privado podemos fazer tudo que não está proibido. No setor público só podemos fazer o que está permitido”. Concluo para dizer que não acho que Dilma pudesse estar totalmente sem rumo, mas como gestora maior mudava os rumos com a mudança das cabeças: Mântega (intervencionista), Levy (mais na linha de Friedman) e depois Barbosa pensando como Mântega. Assim como “Ioiô”. Dilma não passou para os agentes econômicos a mesma confiança que já encontraram em Michel Temer.

Haroldo Araujo

Funcionário público aposentado.

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