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Lei que instituiu cotas já deu trabalho formal a 100 mil deficientes, diz senador do PT

Em discurso nesta sexta-feira (24), o senador Paulo Paim (PT-RS) avaliou o Estatuto da Pessoa com Deficiência como “uma política que deu certo”. Ele ressaltou que a lei que instituiu as cotas para contratar estas pessoas em empresas privadas.

Paim citou números de pessoas com deficiência admitidas em setores como o de saúde (mil enfermeiros, 2.200 técnicos em enfermagem), o administrativo (38 mil auxiliares de escritório, 4 mil recepcionistas) e também em empresas de limpeza e conservação (5 mil), entre outros.

— São quase 100 mil pessoas com deficiência que, graças a essa política das cotas, contratadas para que possam estar em uma atividade laboral, fazem com que a inclusão vá se tornando realidade — disse.

Apesar do crescimento das contratações, o número ainda não é o ideal, disse o senador. Empresas alegam que não encontram pessoas preparadas para cumprir com a política de cotas. Entidades que atuam para promover essa inclusão alegam que não há boa vontade das empresas. Por isso, na opinião de Paim, é preciso que as próprias empresas invistam na qualificação dessas pessoas, assim como na adequação física, para promover a acessibilidade.

O senador elogiou as metalúrgicas do estado de São Paulo pois, com boa vontade, criatividade e senso de responsabilidade social cumpriram a política de cotas com porcentagens além das determinadas na lei (de 2% a 5% do total de empregados para empresas com mais de 100 funcionários).

— Num primeiro momento, todos veem obstáculos em assumir o novo e sua responsabilidade social, mas estamos vencendo essa barreira. Se antes, uma em cada cinco empresas resistiam à aplicação da lei de cotas, hoje é uma em cada 13 — comemorou.

 

 

Agência Senado

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SEGUNDA OPINIÃO é um espaço aberto à análise política criado em 2012. Nossa matéria prima é a opinião política. Nosso objetivo é contribuir para uma sociedade mais livre e mais mais justa. Nosso público alvo é o cidadão que busca manter uma consciência crítica. Nossos colaboradores são intelectuais, executivos e profissionais liberais formadores de opinião.

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