Jornalista classifica três tipos de eleitores no impeachment

A influência do processo de votação

A dificuldade das projeções se prende aos seguintes fatores:

1.    O voto envergonhado.

O voto a favor do governo é fundamentalmente ideológico. O deputado que vota contenta sua base. Mas existem inúmeros votos envergonhados, de deputados que querem votar com o governo (por simpatia ou interesse) e não podem se expor para seus eleitores.

2.    O voto de manada.

Grande parte dos indecisos seguirá a manada: quer ficar a favor do voto vencedor. Se a apuração começa pelo sul, o efeito manada favorecerá o impeachment, na medida em que aponte mais votos a favor. Se começar do norte, nordeste, o anti-impeachment.

3.     Os indecisos.

O indeciso é o deputado que pesa a relação custo-benefício entre o desgaste com o eleitorado e as benesses de ser governo. É o mais suscetível de ser cooptado pelo governo.

4.    O fator abstenção

Para o governo derrubar o impeachment, basta tirar 171 votos, que pode ser em votos contra ou em abstenção. A abstenção é uma das maneiras do voto envergonhado. Para dar uma ideia do impacto abstenção, uma das consultorias estima que com 5% de abstenção, a probabilidade do impeachment ser aprovado cai para 2%. Com 1% de abstenção, a probabilidade seria de 73%. Dê-se o devido desconto aos chutes estatísticos: é mais para impressionar os clientes, que são do mercado financeiro.

(tercho de artigo de Luis Nassif em www.jornalggn.com.br)

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SEGUNDA OPINIÃO é um espaço aberto à análise política criado em 2012. Nossa matéria prima é a opinião política. Nosso objetivo é contribuir para uma sociedade mais livre e mais mais justa. Nosso público alvo é o cidadão que busca manter uma consciência crítica. Nossos colaboradores são intelectuais, executivos e profissionais liberais formadores de opinião.

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