Umas três dezenas de partidos integrados por 513 deputados e 81 senadores estão dedicados às escolhas dos temas para debate com vistas ao pleito de 07.10.2018, quando ficará definido o novo rumo do país. Admito que isso tenha fundamental importância para a estabilidade. Por essa razão sugiro que avaliem e atentem para os graves riscos e incertezas que se instalaram na economia brasileira. Situação que é geradora de desconfiança e se agrava com o descaso.
Temos discutido acerca da elevação dos riscos, com o abandono das reformas. Todos os agentes econômicos se perguntam: Seremos governados por um intervencionista? Só saberemos da resposta quando for tarde demais! Os intervencionistas se intrometeram tanto nas relações comerciais, atribuição ligadas ao setor privado, que não se aperceberam que uma das causas da greve dos caminhoneiros se relaciona à inviabilização dos negócios por tanto intervencionismo.
Há unanimidade acerca da indispensável apreciação de uma nova “Previdência” para os brasileiros. A proposta do governo não foi colocada para votação, deixando margem para riscos de que um novo governante não pense dessa maneira. O adiamento é visto como prova cabal de que a decisão não é a melhor escolha para um governo que se pretendia a atacar os déficits. Todos sabem que o déficit público está centrado na previdência. E tome fuga de capitais!.
Também há unanimidade quanto a origem dessa desconfiança externa em fatores que só dependem de nós mesmos, mudar aqui no Brasil. Por que não encaramos o problema? Porque é inoportuno! Inoportuno para quem? Para uma classe que demonstra não pensar em outra coisa senão no poder. Os analistas avaliam que medida amarga não se vota no período pré-eleitoral. Fica entendido que as eleições estão sendo colocadas à frente dos interesses da nação.
Tema recorrente nas apreciações econômicas é o chamado “Custo Brasil”. Esse é outro problema relacionado à inviabilização dos negócios dos transportadores. Estradas sem conservação encarecem o frete. Para apagar incêndio o governo recorre ao tabelamento e erra nos cálculos, obrigando-se a refazer a tabela. Fatores externos como alta do dólar se encarregam da pior parte, ao perceber as vacilações nos entendimentos, parte a parte, governo e grevistas.
Não é nosso objetivo entrar no mérito dos confrontos, mas devemos deixar bem claro que é perceptível a saraivada de acusações contra o poder executivo. Esquecem os demais integrantes de outros poderes que os brasileiros percebem a falta de engajamento político na busca de soluções para um problema que aflige a nós todos e sendo mais visível a busca das conveniências pessoais e até de oportunismo ao jogar lenha na fogueira. Bestas ou alienados são os outros!
Não me importo se o Presidente da República vai ou não levar o comando da nação até 07.10.2018, mas me importo de ver pouco empenho de toda uma classe política na busca de soluções e, ao contrário, elevam o tom das críticas contra a “Paralisia” e até colocam em segundo plano os graves problemas do momento. Não se apercebem que estão aumentando os riscos e os fundamentos de uma economia: O que? Quanto? Como? E para quem produzir?.
As opções de Política Econômica vêm sendo transferidas para o futuro Presidente da República e isso deixa entender que o Brasil parou. Parou com a concordância conveniente de todos aqueles políticos que se alienam do que é a verdadeira vida pública. Parou com a colocação de interesses pessoais e eleitoreiros acima dos interesses da nação. Cara de paisagem ou de outros materiais mostra a verdadeira face de cada um dos atuais parlamentares em busca da reeleição!
Esse é também um dos motivos da desconfiança interna e externa e geradora de especulações contra nossa moeda e contra o povo brasileiros. O Brasil em segundo plano.