Depois de passadas as reformas trabalhista (com a ampla, geral e irrestrita terceirização), previdenciária (que vai enxugar definitivamente os gastos exagerados com aposentadorias e pensões que nem países ricos podem pagar), já em vigor a emenda constitucional que congela por vinte anos os gastos sociais e com a máquina pública, com a abertura geral dos negócios de petróleo e gás para o investidor externo (já que a Petrobrás foi um fracasso absoluto e total), e considerando favas contadas que as concessões públicas, as parcerias público-privadas e as privatizações serão inevitáveis, pode considerar Michel Temer que cumpriu sua missão, é hora de ir para casa.
Para o país será chegada a hora de acabar com o presidencialismo de coalisão e com o próprio presidencialismo, ninguém precisa de figuras carismáticas para conduzir a economia. Quem deve conduzir a economia é o mercado, entregue à lei mais natural da oferta e da procura, onde os preços regulam tudo e todos. É o momento de se implantar o Parlamentarismo no Brasil, aproveitando-se que temos um Congresso disposto a tudo fazer para atender os chamamentos do futuro e consolidar na economia do país uma estabilidade como raramente foi possível em qualquer lugar.
Que estrebuchem as oposições, que o povo dê tempo ao tempo e tudo se encaixará, como a carroça cheia de melancias em estrada irregular. Com a marcha, tudo se acomoda. O governo se retira do cenário e o mercado assume o seu verdadeiro e intransferível papel de promover o progresso.
Este é o Brasil necessário.