A barba do vizinho está pegando fogo, por Jana

Não me canso de dizer e não me incomodo de repetir: todos os problemas por que passa o país neste momento se devem à irresponsabilidade de um partido que governou por três mandatos, quebrando todas as regras de boa governança e corrompendo o perfeito funcionamento da máquina pública e comprometendo o bom funcionamento das instituições. É o preço que temos que pagar porque não percebemos tempestivamente que fomos enganados em nossa boa fé. Agora, restabelecida a dignidade e a normalidade da gestão, temos que aceitar a cota de sacrifício que se impõe a cada brasileiro e a cada brasileira.

A qualquer preço, é preciso restabelecer paulatinamente o equilíbrio das contas do orçamento geral da União, cortando custos e gastos de todo tipo de maneira fria e firme, cientes de que do outro lado sairemos todos mais fortes e mais saudáveis. Sobretudo, é preciso impedir qualquer ideia de criar novos impostos ou aumentar qualquer tributo existente – que seja rejeitada desde o primeiro instante. Basta de burocracia e de carga tributária. Está certa a equipe econômica ao retomar cento e trinta bilhões do BNDES para o caixa do Tesouro. Está certa a ideia de privatizar tudo o que for possível, de forma rápida, alcançando uma razoável captação de recursos com a venda dos controles de Banco do Brasil, Caixa Econômica e Eletrobrás. Que espelhem-se no exemplo do que ocorre com a lipoaspiração da Petrobrás, que se tornará mais leve, mais líquida e mais ágil.

Esta orientação básica é importante na construção da nova realidade econômica. A recuperação do crescimento econômico precisa ser feita de forma natural e espontânea com as forças do mercado e absolutamente dentro da lei da oferta e da procura, para o que devem contar todas as iniciativas apenas com capitais privados. Que o Estado brasileiro se ponha bem distante de toda atividade que não seja estritamente essencial, concentrando-se em colaborar para estabelecer um clima favorável ao empreendedorismo e ao mercado.

A economia mundial pode estar à beira de um choque de grandes proporções – as oscilações da bolsa e da cotação do dólar já sinalizam nessa direção. A vizinha Argentina está, pelas mãos hábeis de Macri, tomando as medidas esperadas pelos atores do mercado, como desvalorizar sua moeda e aumentar o juro, além de aumentar o aperto fiscal até que se encontre um novo ponto de equilíbrio de suas contas internas e externas.

Como se diz na rua, se a barba do vizinho está pegando fogo, melhor botar sua barba de molho. Talvez ao Brasil caiba promover algum novo aperto, antecipando-se às circunstâncias. Já começou pelo Banco Central deixando flutuar com mais força a taxa de câmbio.

Jana

Janete Nassi Freitas, nascida em 1966, fez curso superior de Comunicação, é expert em Administração, trabalhou como executiva de vendas e agora faz consultoria para pequenas e médias empresas, teve atuação em grêmios escolares quando jovem, é avessa a redes sociais embora use a internet, é sobrinha e neta de dois vereadores, mas jamais engajou-se ou sequer chegou a filiar-se a um partido, mas diz adorar um bom debate político. Declara-se uma pessoa “de centro”. Nunca exerceu qualquer função em jornalismo, não tem o diploma nem o registro profissional. Assina todos os textos e inserções na internet como “Jana”.

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Janete Nassi Freitas, nascida em 1966, fez curso superior de Comunicação, é expert em Administração, trabalhou como executiva de vendas e agora faz consultoria para pequenas e médias empresas, teve atuação em grêmios escolares quando jovem, é avessa a redes sociais embora use a internet, é sobrinha e neta de dois vereadores, mas jamais engajou-se ou sequer chegou a filiar-se a um partido, mas diz adorar um bom debate político. Declara-se uma pessoa “de centro”. Nunca exerceu qualquer função em jornalismo, não tem o diploma nem o registro profissional. Assina todos os textos e inserções na internet como “Jana”.